Centro Histórico

Biblioteca Joaquim Manuel de Macedo

Em 1873, o escritor Joaquim Manuel de Macedo, autor do romance A Moreninha, fundou a Sociedade da Biblioteca Popular Itaboraiense com a intenção de criar em sua cidade natal a primeira biblioteca pública do gênero no país.

Aberta ao pública em 1874, após meses de arrecadação de livros doados, a Biblioteca Pública Municipal Joaquim Manuel de Macedo foi inaugurada em uma das salas da antiga Casa de Câmara e Cadeia.

O acervo tem 18 mil obras que incluem livros raros da época de sua fundação e a primeira edição de alguns livros de Joaquim Manuel de Macedo.

Foi transferida para outro imóvel no Centro Histórico, a biblioteca conta hoje com salão de pesquisa, sala de leitura infanto-juvenil, sala para exposição de artistas locais e um telecentro comunitário.

Realiza projetos de contação de histórias infantis e juvenis em sua sede e nas escolas da região, cursos de informática no telecentro e sarau de poesias no aniversário do escritor Joaquim Manoel de Macedo.

Fonte: Acervo da Biblioteca Joaquim Manuel de Macedo

Endereço: Praça Marechal Floriano Peixoto, nº 39, Centro, Itaboraí/Rj

Horário de Funcionamento: Segunda-feira à Sexta-feira - 08:00h às 17:00h

Igreja São João Batista

Com uma única porta de entrada, a Igreja de São João Batista é uma imponente construção que conserva características do século XVII. A antiga capela, erguida em 1684, deu origem ao núcleo urbano de Itaboraí e foi reconstruída entre 1725 e 1742.

No ponto mais alto da Praça Marechal Floriano Peixoto, no centro histórico do município, a Igreja da Matriz se impõe com sua torre única, conversadeiras com assentos de granito que demarcam a construção oitocentista em estilo barroco.

A Igreja foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) na década de 1970.

Fonte: Livro Patrimônio Cultural no Leste Fluminense – história e memória de Itaboraí, Rio Bonito, Cachoeiras de Macacu, Guapimirim e Tanguá

Endereço: Praça Marechal Floriano Peixoto, nº 15, Centro, Itaboraí/Rj

Casa de Câmara e Cadeia

Em 15 de janeiro de 1833, a antiga freguesia de São João Batista de Itaboraí foi desmembrada da Vila de Santo Antônio de Sá, tornando-se Vila autônoma, sua solene instalação ocorreu em 22 de maio do mesmo ano e passou a contar com cinco vereadores.

O relatório do primeiro Presidente da Província do Rio de Janeiro, Joaquim José Rodrigues Torres, futuro Visconde de Itaboraí, informou que a nova municipalidade solicitou recursos para a construção da sua sede.

O projeto da construção foi realizado pelo major Júlio Frederico Koeller, diretor geral de obras da província e responsável, posteriormente, pelo plano urbanístico de Petrópolis e pela planta e execução das obras do Palácio Imperial da Concórdia. As obras, iniciadas em 1836, foram concluídas em 1840.

O prédio assobrado passou a abrigar a cadeia no pavimento térreo e os trabalhos dos vereadores no superior.

Sua planta foi alterada algumas vezes no século XX, por intervenções que buscavam adaptar o espaço às suas novas funções.

Esse monumento do século XIX conjuga grande valor cultural para a cidade de Itaboraí e região, não somente por ter sido Casa da Câmara e Cadeia, mas também por sua arquitetura harmônica, usualmente inserido no estilo neoclássico.

Fonte: Livro Patrimônio Cultural no Leste Fluminense – história e memória de Itaboraí, Rio Bonito, Cachoeiras de Macacu, Guapimirim e Tanguá

Endereço: Praça Marechal Floriano Peixoto, nº 97. Centro, Itaboraí/Rj

Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres

O sobrado do século XVIII, antiga residência da família Alberto Torres, foi doado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) no fim da década de 70.

Atualmente abriga a Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres e a Fundação de Arte e Cultura de Itaboraí. A mesma possui salas de exposição e de pesquisa, e uma biblioteca cujo acervo inclui parte dos estudos realizados pela antropóloga, arqueóloga e etnógrafa Heloísa Alberto Torres. A casa, foi onde ela morou em seus últimos anos de vida, na qual ainda guarda livros raros e a correspondência trocada com o antropólogo francês Claude Lévi-Strauss.

O espaço integra o Instituto Brasileiro de Museus.

Fonte: Livro Patrimônio Cultural no Leste Fluminense – história e memória de Itaboraí, Rio Bonito, Cachoeiras de Macacu, Guapimirim e Tanguá

Endereço: Praça Marechal Floriano Peixoto, nº 39, Centro, Itaboraí/Rj

Horário de Funcionamento: Terça-feira à Domingo - 08:00h às 17:00h

Teatro Municipal João Caetano

Desde o século XVIII, Itaboraí contou com espaços dedicados à arte de representar.

Em 1824, o coronel Hilário de Menezes Drummond construiu uma Casa de Ópera onde, três anos depois, no ano de 1827, estreou João Caetano dos Santos representando a peça “O carpinteiro da Livânia.”

Esse teatro passou a ser frequentado pela boa sociedade local e da Corte, que para lá se dirigia para assistir as encenações do ator itaboraiense.

Não há registros da data em que foi erguido o prédio original do atual Teatro João Caetano dos Santos, porém, sabe-se que, em 1863, já existia e que adotou o nome do consagrado ator logo após o seu falecimento.

Em 1927, o teatro sofreu nova reforma, realizada pela Associação dos Professores do Rio de Janeiro. Dez anos depois, em 1937, Januário Caffaro rquereu a concessão do teatro à municipalidade.

Na década de 1960, o Serviço Nacional de Teatro solicitou o tombamento do prédio. Nesse período, o prefeito João Caffaro, em seu primeiro mandato, iniciou obras de restauração. As obras não foram concluídas e o prédio ficou destelhado, levando à sua deterioração e ao consequente indeferimento do pedido de tombamento.

Em 1974, o prédio foi demolido e reconstruído, a partir de 1983, seguindo a planta original.

Atualmente, o prédio encontra-se em fase de reforma.

Fonte: Livro Patrimônio Cultural no Leste Fluminense – história e memória de Itaboraí, Rio Bonito, Cachoeiras de Macacu, Guapimirim e Tanguá.

Endereço: Praça Marechal Floriano Peixoto, nº 13, Centro, Itaboraí/Rj

Travessa Espírito Santo

A Travessa Espírito Santo representa um “lugar de memória” da cidade, na medida em que é possível através da observação do espaço físico desenvolver uma memória coletiva do lugar.

Este lugar, conhecido no século XIX como “Travessa da Matriz”, ou “viela da Matriz”, foi também um espaço representativo do cotidiano da escravidão em Itaboraí. Isso porque foi neste local que, segundo o jornal o Popular de 1855, existiu, na hospedaria do Sr. Ludgero da Silva Moura, uma casa de aluguel de escravos.

A caraterística comercial da Travessa, embora de longa data também tenha tido residências, se destacava já no século XIX e atraía, além dos moradores, os viajantes que por aqui transitaram. Entre eles, destaca-se o Príncipe Adalberto da Prússia que passou por “Itaborahy” em 1842.

Vale destacar que foi na entrada dessa Travessa, que, em 1841, nasceu Salvador de Mendonça. Personagem consagrado na História do Brasil, Mendonça morou no local, possivelmente, até os 12 anos. Além de um dos idealizadores do Movimento Republicano Brasileiro, ele atuou como “jornalista, advogado, diplomata, romancista, ensaísta, poeta, teatrólogo e tradutor”.

No contexto do século XX, esta Travessa foi a primeira rua de Itaboraí a receber calçamento com paralelepípedos. A obra foi realizada em 1944 e ocorreu na gestão do Prefeito João Augusto de Andrade. Foi apenas em outubro de 1986, na administração do Prefeito João Batista Cáffaro, que essa rua foi transformada em área de lazer, na medida em que a Travessa foi fechada para o tráfego de veículos.

A partir da década de 1990 e até o início dos anos 2000, o Beco do Rock, como a Travessa passou a ser conhecida, se tornou um dos expoentes da cultura musical na cidade. Entre artistas consagrados da música brasileira que tocaram na travessa e em frente dela, destacam-se Lulu Santos, Dinho Ouro Preto, Benegão, Marcelo Bonfá, Dado Villa Lobos, Toni Platão, o grupo Raimundos e artistas locais.

Embora diversas outras bandas e cantores de Rock, Reggae e MPB tenham tocado no local, esse movimento musical foi ocorrendo com menos frequência no final dos anos 2000. Com o surgimento de novos estabelecimentos comerciais na Travessa, outros ritmos musicais, como forró, pagode e samba, passaram a ser mais tocados, o que gerou uma diversidade musical maior no local. Com isso, o termo Beco do Rock caiu em desuso, passando a ser utilizado mais o termo Beco ou Travessa Espírito Santo.

Atualmente a Travessa Espírito Santo, ganhou uma decoração com guarda-chuvas coloridos e começou a atrair os olhares de visitantes novamente para o local.

Endereço: Travessa Espírito Santo, Centro, Itaboraí/Rj

Casa Paulina Porto

A professora Paulina Rosa da Cunha Porto lecionou por quase meio século no município de Itaboraí.

A sua trajetória no magistério iniciou-se ainda no período do Império, recebendo das mãos do próprio D. Pedro II o seu diploma da Escola Normal de Nicterohy, em 1880, e iniciou no mesmo ano a sua atuação como professora na Escola da Vila de Itaborahy.

Em 1881, nesta casa, que até então pertencia ao seu pai, inaugurou o Collegio São João Baptista, para atuar como professora particular. Desde então, passou a ser conhecida como Dona Paulina Porto, após o seu casamento com Luiz Alves de Souza Porto, em 1884. Além da sua atuação no magistério, a mesma, também era conhecida pela sua atuação musical, como uma ótima pianista e grande incentivadora da banda musical.

Em 1920, a sociedade Itaboraiense realizou diversas festividades para homenagear os 40 anos de magistério da professora. Tal homenagem ocorreu para prestigiar os anos de dedicação da professora ao povo de Itaboraí, não somente no magistério, como também nas atividades sociais e culturais que ela exercia.

Dona Paulina Porto faleceu no dia 10 de fevereiro de 1960, na cidade de Niterói, com quase 99 anos de idade.

Atualmente, a Casa Paulina Porto, é a atual sede da Secretaria de Cultura do Município de Itaboraí, onde há exposições e eventos culturais.

Endereço: Travessa Espírito Santo, nº 431, Centro, Itaboraí/Rj

Horário de Funcionamento: Segunda-feira à Sexta-feira - 08:00h às 17:00h

Palacete Visconde de Itaboraí

Na edificação do Palacete consta o ano de 1834, para a moradia do Conselheiro José Bernadino Batista Pereira de Almeida, nascido em Campos dos Goytcazes em 20 de Maio de 1783, formou-se em direito pela Universidade de Coimbra – Portugal, em 1812. Foi Juiz de Fora da Vila de Santo Antônio de Sá e Magé. Foi Senhor de Engenho em Itaboraí, Ministro da Fazenda e da Justiça em 1828. O Conselheiro hospedou em sua residência o Imperador D. Pedro I e seu secto.

Fonte: Arquivo Nacional, Mapa – Memória da Administração Pública Brasileira; Portal Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Segunda a tradição oral, o Palacete é citado como uma das moradias de Joaquim José Rodrigues Torres, o Visconde de Itaboraí. O Palacete abrigou a sede da Casa de Caridade São João Batista do final do século XIX até 1968; quando foi doado para a Administração Estadual, sofrendo um incêndio no mesmo ano. Atualmente abriga a sede da Prefeitura Municipal.

Fonte: Casa de Memória de Itaboraí

Endereço: Praça Marechal Floriano Peixoto, nº 97, Centro, Itaboraí/Rj

Horário de Funcionamento: Segunda-feira à Sexta-feira - 08:00h às 17:00h